Muita cor e pouco realismo. É assim que Yann Valber gosta de retratar seus personagens. As formas – outra marca do artista – interagem em ilustrações pautadas pela autenticidade, resultando em trabalhos únicos e de traço inconfundível.

“Eu sou motivado por acreditar que meu olhar, minhas referências e minhas vivências são únicas, assim como as de cada pessoa, mas só eu consigo colocar no mundo o que eu faço”, explica o jovem, cujo primeiro contato com a arte se deu na infância, por influência e incentivo da mãe.

Para esta exposição, escolheu trabalhos com “personagens fortes e composições brilhantes”, um compilado do que gosta de fazer e da linha que tem trilhado dentro do design. As referências são múltiplas e, como ele garante, apreciadas com seriedade: “Arte, para mim, é muito importante. Desde as músicas que ouço indo pro trabalho até os filmes que vejo no fim de semana”, garante.

A paixão é o seu maior guia. Vive imerso na arte, sem fazer distinção ou julgamento. Banha-se de tudo o que tem acesso. Com a pandemia e o isolamento social, mergulhou o mais fundo que pôde. “Desenhar, para mim, é como uma meditação. Muitas vezes passo horas desenhando sem perceber. Acredito que durante a pandemia, o desenho me permitiu sair um pouco da realidade, como uma válvula de escape, pra imaginar e criar meus próprios mundos”.

Tallyson Moura