Natural de Belo Horizonte, o jovem de 21 anos vem ganhando espaço na música pop brasileira com um som autoral e dançante
Cartola mag – Como você se envolveu com música?
DC: Bom, eu costumo dizer que tanto o Davi Cíntori quanto o Davi Lucas são a mesma pessoa. A única coisa que realmente difere um do outro é a forma com que coloco meus sentimentos de artista separados dos pessoais, mas sempre tento manter ambas personas interligadas. Fazer música para mim é poder justamente fazer essa junção. Quando eu escrevo uma música ou penso em uma performance, eu coloco no Davi Cíntori aquilo que sei que o Davi Lucas talvez teria uma certa falta de coragem de fazer se pensasse muito, mas ao mesmo tempo com toda a verdade do meu lado pessoal, pois é algo que acontece da forma mais sincera e natural possível, é algo que vem de dentro!
DC: Eu, como qualquer outro garoto gay que ame música pop, sempre vi nas grandes divas internacionais a maior de todas as referências. Beyoncé, para mim, sem sombra de dúvidas, é na minha vida a maior de todas. A forma como ela toma frente do seu trabalho e faz tudo acontecer, e ainda assim se mantém firme com sua voz em cima de um palco, sem perder o fôlego por um segundo sequer, é espetacular! Porém, sempre procurei focar nas histórias que vinham do meu lugar de origem, e já que estamos falando sobre grandes nomes, Anitta é a minha maior influência dentro do nosso país, tanto sua história como cantora, quanto sua garra no mundo dos negócios sempre me fizeram admirá-la. Principalmente depois que ela começou a se assumir no mercado latino, que também é um dos principais fatores na minha música. Então eu sempre tento fazer essa junção de pop, latino, brasileiro com uma pegada forte e sempre, SEMPRE com muita dança! que é o meu maior forte nas apresentações/shows. Porém, também tenho minhas referências masculinas que sempre pesam na hora de criar um trabalho em relação a sonoridade. Tenho como referência forte a batida de J Balvin com o vocal de Justin! Em relação à dança, Jason Derulo e Michael Jackson são exemplos de nomes que tenho comigo.
+ Confira o clipe “Vai Quebrar”, em parceria com a drag queen potiguar Kaya Conky.
Cmag: O clipe de seu primeiro single, “Resta Aceitar” (2017), já demonstrava um prezo estético e uma música bastante dançante. Em “Vai Quebrar” (2018), música em parceria com a drag queen potiguar Kaya Conky, isso é ainda mais evidente. Como se dá o seu processo de criação de imagem e som?
DC: Eu sinto que pela primeira vez estamos presenciando a verdade sendo dita e aceita de uma forma tão ampla, uma verdade na qual por vários motivos viveu silenciada durante tanto tempo, e sim, estamos vivendo a quebra de um silêncio, isso é histórico! Eu sou apaixonado por cada artista e pessoa que tem se dedicado para fazer com que isso aconteça, e pretendo fazer parte desse time tão lindo. Essa renovação se dá não só por conta das canções em si, mas também sonoramente e visualmente falando, hoje eu posso dizer o quanto o Brasil é forte no quesito visual, sem mais precisar ficar comparando com o que a gringa nos oferece.