Amante urbano, dândi, estrela decadente, ou um rockstar? Talvez nenhum desses adjetivos sejam suficientes para rotular Thiago Pethit. Aliás, seria falha a tentativa de rotulá-lo com qualquer adjetivo. Músico, cantor e compositor, o paulistano ainda encontra tempo para atuar nos cinemas e participar de projetos de fotografia.
Thiago Pethit por Rafael Barion.
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Entre um trabalho e outro, Thiago Pethit segue compondo e criando, alimentando o desejo dos seus seguidores e energizando a si mesmo. Em entrevista exclusiva ao CartolaMAG.com, ele conversa sobre sua relação com os fãs, as mudanças do cenário musical ao longo da carreira, entre outros assuntos que o tornam um artista cada vez mais instigante.
Foto: Rafael Barion.
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Aparentemente, ele vem assumindo o papel de ser um “artista que é mais do que artista”. Mais do que um cantor, Thiago é representante de uma geração urbana, marcada por angústias e solidão, e usa a música como ferramenta para comunicar esses sentimentos, e compartilha-los com seus semelhantes.Imaginando intuitivamente a vida desse artista, é inevitável pensar que o cotidiano e o palco se misturem de forma intensa, porém Thiago nos surpreende, dizendo que não. Para ele, o trabalho e a vida pessoal “são coisas completamente diferentes. Eu nunca gostei de exposição, sou extremamente tímido, antissocial. Esse Thiago mais ‘solitário e reservado’ é o que cria e pensa músicas de forma muito pessoal. Depois, existe o Pethit, que assume identidades, assume imagens e discursos a partir dessas músicas. E gosta de se jogar na multidão”.
Foto: Gianfranco Briceño.
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A essa multidão, incluem-se jovens de diversas idades, que se identificam com o Thiago Pethit através da sua personalidade tão singular, seu jeito de se vestir, e o modo como leva a vida – geralmente compartilhada numa rede social, como um bom e velho representante da geração internet.
Nesse sentido, essas redes servem como uma ferramenta para trocar ideias com o público, e ampliar as suas inspirações, como ele nos revela: “a necessidade de comunicar-me, de trocar, de saber, e pensar junto com o público, é sempre a linha condutora. Acredito até que todos os meus trabalhos estão sempre a favor da mesma mensagem, porém, se comunicam de formas diferentes”.
Essa comunicação proposta por Pethit rompe imposições, barreiras e inclusive, os limites territoriais. Em turnê pelo Brasil, passou por importantes festivais de música no Nordeste, aproximando-se e conhecendo uma leva de artistas responsáveis pela nova produção musical da região. Dentre essa geração, ele destaca a banda natalense Camarones Orquestra Guitarrística e o pernambucano Johnny Hooker, com quem já dividiu palco. Em grandes festivais ou em shows intimistas, Pethit performa, comunica e mostra a que veio.