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Covid Art Museum, a arte em meio ao caos

Museus de todo o mundo tiveram que fechar suas portas e estão se reinventando para se manter próximo a comunidade neste período de isolamento. As instituições museológicas estão se reinventando e trazendo propostas inovadoras, como oferecimento visitas virtuais, promoção de lives com artistas e curadores e até mesmo proposição de atividades educativas para se manterem vivos e conectados com seu público.

por Ertan Atay (@failunfailunmefailun)

O período de distanciamento além de novas formas de visitar e aproveitar os espaços expositivos, trouxe também um novo museu, criado para falar sobre a quarentena e sobre o surto de covid-19 que a provocou. O Covid Art Museum (@covidartmuseum) foi criado no dia 19 de março no Instagram, por três publicitários de Barcelona, Emma Calvo, Irene Llorca e José Guerrero. Eles perceberam, já nos primeiros dias de isolamento, que artistas próximos a eles e de vários lugares estavam produzindo, muitas vezes em ritmo até mais intenso que o normal, e se questionaram o que seria de toda essa produção. Deste questionamento surgiu a ideia do museu virtual.
São os três que fazem a curadoria das obras e qualquer artista pode submeter seu trabalho. Basta preencher e anexar o trabalho no formulário disponível no link disponível na biografia do perfil do museu.
Para serem exibidos no museu, não há limitação quanto ao suporte empregado para realização da obra. Há ilustrações, vídeos, fotografias e embora seja possível perceber a recorrência de alguns elementos e temáticas, como as máscaras, o papel higiênico, mãos, a conscientização e o isolamento, há uma grande diversidade quanto as mensagens trazidas pelos artistas em suas obras, que transitam da emoção comicidade.
Com pouco mais de quarenta dias de existência, o Covid Art Museum já conta com mais de sessenta mil seguidores e pouco mais de mil obras publicadas, de artistas de diferentes nacionalidades, inclusive brasileiros, como os artistas Paulo Filipe (@paulofilipe.3d) e Maria Beatriz Leal Roorda (@mbroorda).
E mesmo sabendo que a pandemia vai terminar, isso não quer dizer que o museu precisará ter o mesmo destino. Seus idealizadores afirmam que “A arte nunca morre” e que após a pandemia, tudo indica que haverá uma forte crise econômica e será muito importante apoiar e dar visibilidade a artistas e criativos, para que possam superar também a crise que está por vir.
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