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A arte psicológica de Richard Stipl

Sentimentos, insanidade e críticas bem trabalhadas sobre a sociedade contemporânea: Conheça um pouco do trabalho do artista Richard Stipl

Estar em contato com a arte desde criança é bastante importante para o desenvolvimento de um artista. Muitos não tiveram essa sorte, outros, porém, foram fortunados e souberam aproveitar o contato desde cedo. Richard Stipl é um desses. Nascido em uma família de artistas, respirava arte o tempo todo.

Inicialmente como pintor, atualmente Stipl trabalha com esculturas. Mostrando em suas obras seu talento excepcional em termos técnicos, como também no que é retratado nelas: Sentimentos, emoções, insanidade e críticas bem trabalhadas sobre a sociedade contemporânea.

Seu trabalho tem encantado galerias por todo o mundo, como a Prague Biennale (Paris), Krampf Gallery (Istambul), e a Galería Enrique Guerrero (México). Conversei com ele há alguns dias sobre seu trabalho e o resultado vocês podem ver nas linhas abaixo.

CartolaMAG – Como você descreveria o seu trabalho?
Richard Stipl – Meu trabalho como o de qualquer artista é a de expressar meus pensamentos um ideias para uma audiência.
CartolaMAG – Quais são os materiais utilizados na criação destas esculturas?
Richard Stipl – Tal como acontece com a maioria, arte geralmente começa com desenhos. Então, a ideia se transforma em terceira dimensão esculpida em resina ou argila, um molde de silicone é feito. O material derramado no molde é de resina pigmentada ou cera pigmentada, então é ainda mais colorido por pintura a óleo. Às vezes, eu usei a resina como um modelo para uma escultura de madeira maior ou usei uma cópia de cera em uma fundição de alumínio, criando uma escultura de bronze ou pela técnica de cera perdida.

CartolaMAG – Qual foi o trabalho que você mais gostou de fazer? Qual é o tema que te inspira?
Richard Stipl – Estas obras escultóricas não são apenas sobre a captura de um indivíduo, a análise de expressões, pontos fortes e limitações, mas também uma exploração de universos paralelos de perguntas sem respostas e as grandes “se” da história pessoal.

Neste trabalho escultural, eu examinei uma constituição psíquica de um indivíduo, lutas internas e os debates no prazo de um auto, desdobrando-se em um diário não-linear visual. Ao criar composições escultóricas, a exploração do auto por sua vez, não é apenas apresentado psicologicamente, esculturas orientadas para o corpo, mas também a partir de elementos teatrais, composição, humor escuro, sequência e movimento.

Assim, o desenvolvimento de múltiplos eus apresenta idéias que não há nenhuma maneira correta de ser, que toda identidade é um processo e nos posicionamos em papéis que desconhecemos.

CartolaMAG – Que artistas você admira e como elas influenciam o seu trabalho?
Richard Stipl – A maior parte da arte que eu admiro é a escultura e a pintura do período românico e gótico tardio. Dos artistas contemporâneos, eu gosto da Berlinde Debruyckere, Nicola Samori, David Altmejd, Juan Munoz, Juul Kraijer.
O seu trabalho tanto aborda questões do corpo em um contexto histórico quanto a totalidade do desenvolvimento da arte e como ela se relaciona com a percepção de nós mesmos no sentido físico/psicológico/espiritual.
CartolaMAG – Quais são as suas ambições artísticas agora? O que podemos esperar ver de você no futuro?
Richard Stipl – No momento estou colaborando em novos projetos com um jovem artista checo Josef Zlamal cujo modo de expressão principal é desenho. Nossos temas estreitamente sobrepõem, por isso escolhemos combinar desenho e escultura em uma obra de arte. Ele será exibido na Galeria Enrique Guerrero na Cidade do México este mês.
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